Arqueólogo Júnior


Projeto Arqueólogo Júnior

Conhecer o trabalho de um arqueólogo. Com esse objetivo o projeto "Arqueólogo Junior" realizado pelo Nupec/Cerpa  quer  aproximar os estudantes da arqueologia, desmistificando a profissão e mostrando a sua importância. Durante a atividade as crianças assistem a um vídeo e a uma palestra, que mostra a profissão de arqueólogo e a rotina de trabalho. Em seguida,  participam de uma oficina de argila onde criam peças indígenas da mesma forma como eram feitas antigamente. O ponto alto do projeto é a atividade prática, onde  fazem escavações e aprendem noções básicas de como é realizado esse trabalho. Em uma área de terra, procuram e catalogam os materiais encontrados.


Educação Patrimonial

O subprojeto “Arqueólogo Júnior” executado pela ação de vários projetos de âmbito acadêmico e de contrato possui uma dimensão sociocultural na qual se inclui a preservação do patrimônio arqueológico e está embasado em projetos bem sucedidos (Martins, 2009). Dessa forma, a institucionalização das praticas educativo-patrimoniais, tendo como foco o patrimônio arqueológico, antecede à criação dos dispositivos legais que disciplinam os programas de Educação Patrimonial contextualizados nos planos de pesquisa arqueológica, os quais se associam às licenças ambientais em urgência ou não, referentes à apreciação e acompanhamento dos estudos arqueológicos no País (Portaria IPHAN no 230/2002).
 
A Educação Patrimonial utiliza no processo educativo os lugares e suportes da memória (museus e outros espaços culturais, monumentos, arquivos, bibliotecas, sítios arqueológicos [pré-colonial e histórico], elementos físicos, entre outros), com o propósito de desenvolver no indivíduo e nos grupos sociais a sensibilidade e a consciência para a importância da preservação desses bens culturais (Chagas, 2007).
 
Segundo Grunberg (2000), a Educação Patrimonial pode ser entendida “como o ensino centrado nos bens culturais”. Assim, ela representa um caminho que tem como referência primeira esses elementos para a pratica pedagógica. Logo, conforme a mesma autora, os bens culturais são “fontes primárias de ensino e funcionam como um recurso que pode se transformar num instrumento no processo de ensino” (Martins, op. cit.).
 
Na relação ensino/aprendizagem, o processo educativo tem como propósito sensibilizar o indivíduo a utilizar suas capacidades intelectuais para a aquisição e o uso de conceitos e habilidades no seu cotidiano e também no processo educacional (Horta et al., 1999).
 
A temática da Educação Patrimonial no âmbito dos projetos arqueológicos tem ocupado, cada vez mais, os foros de discussão da arqueologia. Alem de inserir nas preocupações dos arqueólogos, ela passa a ser uma norma legal, a partir de 2002 (Portaria IPHAN no 230/2002). Diferentes autores reforçam a Educação Patrimonial como uma etapa importantíssima no processo da arqueologia no licenciamento ambiental, como Barros (2007), Oliveira e Oliveira (2004), entre outros. As reflexões apontam que a Educação Patrimonial deve caminhar paralela às ações de campo, com o propósito de melhor definir estratégias que viabilizem não só a difusão do conhecimento originado da pesquisa, mas que proporcionem, de fato, a preservação enquanto forma de reapropriação no domínio arqueológico.